"Entre pernas, passos e tropeços a gente vai deixando algumas coisas pelo caminho e encontrando outras...
O que não pode é se subtrair.
O processo tem que ser de acréscimo, sempre.
Nada é tão definitivo assim e a gente nunca "É", a gente "ESTÁ"...
Sempre digo que quem se aprofunda nas coisas, quem mergulha, sabe exatamente o gosto que tem o alimento cru porque não se contenta com o que está pronto, posto sobre a mesa.
A gente vai experimentando aqui e acolá, vai sentindo o ritmo, o tempo, tendo cuidado com algumas coisas e desrespeitando as placas de aviso de perigo de outras.
A gente cai, levanta, chora, celebra.
A gente vive.
A gente se conhece através das reações dos outros a nós mesmos.
A gente se trabalha ou estagna, regride ou evolui.
A escolha é sempre nossa, tal como as consequências.
A gente resolve se entregar quando é tarde pra descobrir que pra respeitar o nosso próprio tempo, é preciso lembrar e ter o mesmo respeito pelo tempo do outro.
E que muitas vezes, pra ser honesto, é preciso correr um risco o qual não queremos. Mas a gente corre. Que o medo não tenha tanto poder sobre nós... E que não fiquemos condicionados por experiências anteriores - há sempre uma oportunidade de surpresa, mas teremos que estar abertos a isso.
Nada é tão definitivo."
Marla de Queiroz
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