Viver não dói.
O que dói é a vida que se não vive.
Tanto mais bela sonhada, quanto mais triste perdida.
Viver não dói.
Tanto mais bela sonhada, quanto mais triste perdida.
Viver não dói.
O que dói é o tempo, essa força onírica
em que se criam os mitos que o próprio tempo devora.
Viver não dói.
em que se criam os mitos que o próprio tempo devora.
Viver não dói.
O que dói é essa estranha lucidez,
misto de fome e de sede com que tudo devoramos.
Viver não dói.
misto de fome e de sede com que tudo devoramos.
Viver não dói.
O que dói, ferindo fundo, ferindo, é a distância infinita
entre a vida que se pensa e o pensamento vivido.
Que tudo o mais é perdido.
Emílio Moura
entre a vida que se pensa e o pensamento vivido.
Que tudo o mais é perdido.
Emílio Moura
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